"Tenho que me deitar a ladrão"

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Nível de descrição

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Código de referência

PT/CMVDG/PCICVDG/E-A/001-008/0001

Tipo de título

Controlado

Título

"Tenho que me deitar a ladrão"

Âmbito e conteúdo

A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos._IDENTIFICAÇÃON.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-008-0001Domínio: Tradições e Expressões OraisCategoria: Manifestações literárias, orais e escritasDescritores: Poesia Popular - Inácio da Ressurreição (autor)Denominação: "Tenho que me deitar a ladrão"Outras Denominações: -Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)Tipo: Poesia PopularEspecificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira por Célia Caciones e Solange Domingues no âmbito de um programa OTL, com a colaboração de Manuel Carvalho e orientação de Luísa Costa (técnicos da autarquia).Contexto Tipológico: Poesia popular, oral, registada em áudio, proveniente do autor Inácio da Ressurreição._CONTEXTO DE PRODUÇÃOContexto SocialEntidadeTipo: Indivíduo (Inácio da Ressurreição)Acesso: Condicionado (eventualmente à família) e /ou Público (através do acesso à gravação áudio).Especificações: O presente poema apenas está registado em áudio (não se encontrando em qualquer manuscrito ou publicação ou outro suporte) podendo ainda ser vista a referida transcrição na presente base de dados.Contexto TerritorialLocal: Alcaria da Serra - Freguesia de Selmes - Concelho de VidigueiraClassificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Selmes - Alcaria da SerraNUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo AlentejoContexto TemporalData: Data desconhecida mas anterior a 1992 (data da presente recolha)Periodicidade: De carácter episódicoEspecificações: -_CARACTERIZAÇÃOCaracterização Síntese: O autor do poema quis comprar duas amassaduras de pão, sendo que cada uma custava 30$00, o que perfazia 60$00, no entanto só dispunha de 30$00.Resumindo como lhe faltava metade da quantia para poder comprar a farinha e ninguém lha vendeu sem ter o dinheiro todo na mão, resolveu fazer um poema referente a esta situação.Caracterização Desenvolvida: Poema "Tenho que me deitar a ladrão"Tenho que me deitar a ladrãoReconheço sou obrigadoE não me chega a minha fériaJá não me dão nada fiado.É tudo a pronto pagamentoE o comércio é uma castiaO que eu ganho durante o diaNão me dá para o meu sustento.Dou mil voltas ao pensamentoE mal ganho, vai para o pãoNão me resta um tostãoPara um farrapo comprarSe isto não melhorarTenho que me deitar a ladrão.Quem ganha cinquenta escudosE ainda reclama que não chegase viesse para esta vergaGanhar estes miúdosE manterem-se os graúdosCom este reles ordenadoLogo sabiam o resultadoQue um pobre anda a tirarTenho de começar a roubarReconheço sou obrigado. Ainda me estou a susterMas já não posso pararQuem anda a trabalharNão ganha para comer.se é este o meu destinoNão ganho para a misériaÉ uma vida muito sériaQuem tem filhos em criaçãoDou por tudo nesses que dãoE não me chega a minha féria.Se o pobre se combinasseCá no nosso continenteVivia mais sobresselenteSe ninguém trabalhasseQuando a jorna chegasseAo ponto mais elevadoQuem tem remediadodeve mil obrigaçõesE por causa dos entalõesJá não me dão nada fiado._CONTEXTO DE TRANSMISSÃOEstado de Transmissão: InactivoDescrição: Poeta popular já falecidoA poesia consta de uma gravação áudio com a biografia do autor e seus poemas, recolhidos por Célia Caciones e Solange Domingues, por volta do ano de 1992. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-008 Data: 1992Modo de Transmissão: OralIdioma: PortuguêsAgente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - Museu Municipal - Arquivo MunicipalEspecificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1_ORIGEM/HISTORIALInácio José da ressurreição, tinha 72 anos à data desta entrevista, viúvo, natural de Alcaria da Serra, freguesia de Selmes, concelho de Vidigueira. Tinha como profissão agricultor.Começou a recitar poesia aos 15 anos, sendo o tema de arranque o amor, o namoro. Adquiriu este prazer pela poesia por volta dos 13 anos de idade, através de um amigo.Referiu que quando casou a sua vida e a de muitos era miserável, pois o que ganhava (7$00 por dia) não dava para as despesas do dia-a-dia._CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃOId. Processo: PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-008 Data: 1992Entidade: Câmara Municipal de VidigueiraResponsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)Função: Coordenação, recolha e tratamentoObservações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-008, mais especificamente, em PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1_ACÇÕES DE SALVAGUARDARiscos e ameaças: Desaparecimento das recolhas efectuadas.Acções de salvaguarda: Recolha da poesia do autor em gravação áudio em vários suportes (Processo PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-008)_ACÇÕES DE DIVULGAÇÃODenominação: -Local: -Data inicial: -_BIBLIOGRAFIA_MULTIMÉDIAFotografia do poeta (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-008-0001_001)Áudio do poema "Tenho que me deitar a ladrão" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-008-0001_002)Áudio biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-008-0001_003)_DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA- _OBSERVAÇÕES-