"Uma poesia ao fim da era de 1999 e a chegada de 2000"
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/CMVDG/PCICVDG/E-A/001-002/0010
Tipo de título
Controlado
Título
"Uma poesia ao fim da era de 1999 e a chegada de 2000"
Âmbito e conteúdo
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo, utilizada pelo Arquivo Municipal, para disponibilização online dos respectivos conteúdos._IDENTIFICAÇÃON.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008Domínio: Tradições e Expressões OraisCategoria: Manifestações literárias, orais e escritasDescritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)Denominação: "Uma poesia ao fim da era de 1999 e a chegada de 2000"Outras Denominações: -Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)Tipo: Poesia PopularEspecificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo de outros poemas.Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha._CONTEXTO DE PRODUÇÃOContexto SocialEntidadeTipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)Entidade: Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao livro "Antologia Poética")Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.Contexto TerritorialLocal: Pedrógão do Alentejo - Concelho de VidigueiraClassificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do AlentejoNUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo AlentejoContexto TemporalData: 2001-2002Periodicidade: De carácter episódicoEspecificações: Os factos indicados no poema apontam para que este tenha sido elaborado em 2001 ou 2002._CARACTERIZAÇÃOCaracterização Síntese: Catarina Carapinha faz neste poema uma abordagem ao final de 1999 e ao início do ano 2000. Segundo as profecias de Bandarra o mundo acabaria na era dos três noves. Faz alusão aos países em guerra, aos dilúvios, aos acidentes de viação, à queda da Ponte de Entre-os Rios, à queda das torres gémeas de Nova Iorque, calamidades estas que causaram um número infinito de mortes. Por fim, acaba por pedir a Deus, através da sua fé, que a era de 2000 seja melhor que o final da era dos três nove desejando a todos muita saúde, paz e amor.Caracterização Desenvolvida: Poema "Uma poesia ao fim da era de 1999 e a chegada de 2000"1999 que para nósFoste tão vilVer como se portaA nova era de 2000.A chegada do milénioEstá-me a preocuparPorque as profecias do Bandarra A todos anunciaraQue na era dos três novesO mundo ia acabar.Há tanta nação em guerraTanta cidade destruídaO mundo já acabouPara quem perdeu a vidaEsta era dos três novesNa lembrança há-de ficarEsta triste recordaçãoNavios perdidos no marE árvores caídas no chão.E sem haver soluçãoSó havia lágrimas e dorTriste de quem presenciouAquele grande terror.Tanto dilúvio na terraEstragando a humanidadeOs que não morrem na guerraMorrem de calamidade.Aquela guerra em TimorTem causado tanto perigoQue até à gente faz malTanta gente sem abrigoPedindo ajuda a Portugal.Esta era dos três novesFica sempre na memóriaAté Amália morreu Para que fique na história.As nossas estradas portuguesasTêm causado tanto perigoTanto luto e tanta paixãoOs que não ficam no tiroFicam soprando o balão.Mas o nosso governadorQuer ajudar toda a gente E em cada um condutorPõe um polícia na frente.Mas não há esperança nenhumaDe ver um melhoramentoCom a nova era de 2000Com tudo o que aconteceu Aos nossos seis portuguesesAssassinados no Brasil.E aquela ponte de Entre-os-RiosQue estava falsificada Com tanta gente a mandarMas ninguém olha por nada.E aquela menina tão lindaPela mãe abandonadaSem ninguém lhe dar a mãoSem ter água sem ter pãoAli morreu sufocada.E aquela grande tristezaQue aconteceu em Nova IorqueDerrotaram tanta riquezaE causaram tanta morte.Só Deus pode avaliarMas Deus não é de vingançasVai deixando o tempo passarE castiga por as suas mãos.Têm que ser castigadosMas é no banco do réuE quando um dia morreremConfessarem os seus pecadosNão poderem entrar no céu.O Bandarra não era DeusMas era um sábio verdadeiroQue adivinhou esta tristezaQue atingiu o mundo inteiroEu tenho muito prazerPorque sou de PortugalMas temo de ouvir dizerSe Deus não nos ajudarVai haver guerra mundial.Mas eu já pedi a DeusQue a nova era de 2000Que seja para toda a genteUm jardim com muita florE a todos dê um presenteSaúde paz e amor._CONTEXTO DE TRANSMISSÃOEstado de Transmissão: ActivoDescrição: Poeta popular ainda viva em 2019.A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002 Data: 2006-12-14Modo de Transmissão: EscritaIdioma: PortuguêsAgente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes ProduçõesEspecificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1_ORIGEM/HISTORIALA Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade. Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado. Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33. Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor. _CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃOId. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002 Data: 2006-12-14Entidade: Câmara Municipal de VidigueiraResponsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)Função: Coordenação, recolha e tratamentoObservações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1_ACÇÕES DE SALVAGUARDARiscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002_ACÇÕES DE DIVULGAÇÃODenominação: Feira do Livro e da LeituraLocal: Largo Zeca Afonso em VidigueiraData inicial: 2005_BIBLIOGRAFIA- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005._MULTIMÉDIA- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0010_001)- Poema na "Antologia Poética" - "Eu tenho que descobrir quem foi o autor do mundo" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.34)- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0010_002)- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0010_003)_DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005. _OBSERVAÇÕESA poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.