"Uma Poesia à Minha Vida"

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Nível de descrição

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Código de referência

PT/CMVDG/PCICVDG/E-A/001-002/0005

Tipo de título

Controlado

Título

"Uma Poesia à Minha Vida"

Âmbito e conteúdo

A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos._IDENTIFICAÇÃON.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005Domínio: Tradições e Expressões OraisCategoria: Manifestações literárias, orais e escritasDescritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)Denominação: "Uma Poesia à Minha Vida"Outras Denominações: -Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)Tipo: Poesia PopularEspecificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa, em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha dos dados biográficos e de outros poemas em vídeo.Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha._CONTEXTO DE PRODUÇÃOContexto SocialEntidadeTipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)Entidade: Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao vídeo)Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.Contexto TerritorialLocal: Pedrógão do Alentejo - Concelho de VidigueiraClassificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do AlentejoNUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo AlentejoContexto TemporalData: DesconhecidaPeriodicidade: De carácter episódicoEspecificações: -_CARACTERIZAÇÃOCaracterização Síntese: Catarina da Conceição Carapinha transcreve para o papel uma síntese de parte da sua vida, desde que casou, aos 33 anos, passando pelo nascimento dos seus três filhos, o último dos quais que já não esperava pois contava 42 primaveras, mas refere feliz que foi uma alegria a chegada daquela menina a casa.Fala ainda num dos filhos que não quis estudar, frequentando na altura apenas o primeiro ano escolar, relatando várias situações em que ele sofreu acidentes de motorizada, até que um dia lhe comprou um mini para ele andar e ela ficar mais descansada. Segundo diz, este filho tornou-se um homem às direitas, constituindo família com a sua esposa e filho.Caracterização Desenvolvida: Poema "Uma Poesia à minha Vida"Casei aos 33 anosTive grande mocidadeAinda Deus me deu três filhosPara a minha felicidade.Mesmo ao fim de nove mesesNasceu a primeira florQue eu criei no meu jardimCom pouca felicidadeCeleste da SaudadeNome escolhido por mim.Depois ao fim de três anosNasceu logo o meu filhinhoEram esses os meus planosFicar com um casalinho.Aos 42 anos tornei a engravidarLevava os dias chorandoPorque já não tinha idadeDuma criança criar.Eu pedi perdão a DeusFoi ele que me ajudouNasceu a minha CatrinitaE foi a coisa mais bonitaQue na minha casa entrou.Juntei os três a estudarE fiz tudo quanto pudeLevava os dias a rezarE pedindo a Deus saúde.Ele não o convenciE não o pude obrigarSó fez o primeiro anoE depois foi trabalhar.Um dia chegou tão tristeDeu um suspiro e um aiEu não gosto desta vida Vou guardar umas vaquinhasQuero ser ajuda do pai.Eu comecei a chorarE fiquei muito aborrecidaMas comecei a pensarNinguém se pode obrigarE cada um escolhe a vida.Como ele não quis estudarEu pensei desta maneiraPara não andar a péComprei-lhe uma pedaleira.Ele andava tão depressaCom toda a velocidadeFazia as rodas em brasaParecia eletricidade.Até que um dia me disseEu não posso andar assimQue tenho a alma cansada Para levar o avio ao paiCompre-me uma motorizada.Como ele não quis estudarA ele nada lhe faltouE teve logo esse destinoO primeiro dinheiro que ganhou.Teve muitos acidentesEu vivia magoadaAté que um dia foi multadoE vendeu a motorizada.Mas vivia muito triste Ficou no mundo sem nadaSó o conforto que tinha Era a sua namorada.Eu estou aborrecidoNão tenho conformaçãoPreciso dum dinheirinhoPara a carta de condução.Falou com o professorE começou logo a estudarAntes de acabar o tempoEstava pronto para guiar.E continuava na mesmaLevava os dias a pensarAgora já tenho cartaNão tenho carro para guiar.Falei com o meu maridoEle deu-me o seu parecerTemos que comprar-lhe um carroNem que eu deixe de comer.Eu tinha pouco dinheiroMas tinha muita opiniãoConsegui-lhe comprar um miniE pus-lhe um volante na mão.Foi a minha perdiçãoO meu sossego acabouEle abalava de serão E muitas vezes não regressou.E quando ele me apareciaAonde é que tens andadoEu estou farta de chorarTenho o almoço aviado E agora não vais trabalhar.Amanhã é outro diaNão fica nada por fazerO tempo chega para tudoAté para agente morrerÉ uma mãe muito queridaEu quero-lhe dizer obrigadaMas eu tenho que gozar a vida E em morrendo vou deitado.Eu já lhe pedi desculpaSe faltei com o carinhoOu lhe fiz alguma desfeitaJá está na sua casinhaCom a mulher e o filhinhoE é um homem às direitas._CONTEXTO DE TRANSMISSÃOEstado de Transmissão: ActivoDescrição: Poeta popular ainda viva em 2019.A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002 Data: 2006-12-14Modo de Transmissão: EscritaIdioma: PortuguêsAgente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes ProduçõesEspecificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1_ORIGEM/HISTORIALA Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade. Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado. Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33. Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor. _CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃOId. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002 Data: 2006-12-14Entidade: Câmara Municipal de VidigueiraResponsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)Função: Coordenação, recolha e tratamentoObservações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1_ACÇÕES DE SALVAGUARDARiscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002_ACÇÕES DE DIVULGAÇÃODenominação: Feira do Livro e da LeituraLocal: Largo Zeca Afonso em VidigueiraData inicial: 2005_BIBLIOGRAFIA- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005._MULTIMÉDIA- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005_001)- Poema na "Antologia Poética" - "Uma Poesia à minha Vida" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.30; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.31)- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005_002)- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005_003)_DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005. _OBSERVAÇÕESA poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.